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Infecção hospitalar: conheça a importância da prevenção e do controle

  • Foto do escritor: Redator
    Redator
  • 20 de ago.
  • 4 min de leitura

Anualmente, o dia 15 de maio marca o combate às infecções hospitalares. Segundo dados do Ministério da Saúde, o problema pode atingir até 14% das pessoas internadas. Além de causar complicações e até mortes, a infecção hospitalar torna o tempo de internação maior e aumenta exponencialmente os custos da assistência médica.


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Os números alarmam, mas a prevenção é possível. Pensando nisso, vamos tirar algumas dúvidas e mostrar o que pode ser feito por pacientes e hospitais para ajudar no controle de infecções relacionadas à assistência à saúde.


O que é a infecção hospitalar?

Infecções hospitalares são aquelas relacionadas à assistência à saúde – as chamadas IRAS. É necessário, então, observar o tempo de internação.


“Convencionou-se chamar de IRAS toda manifestação clínica de infecção que se apresentar a partir de 72 horas após a admissão (internação do paciente), quando se desconhece o período de incubação do agente etiológico e quando não houver evidência clínica ou dado laboratorial de infecção no momento da internação”, explica o Dr. Fernando Gatti de Menezes, coordenador médico do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH) do Hospital Israelita Albert Einstein.

Quais são as principais infecções?

Segundo o especialista, as principais infecções relacionadas à assistência à saúde são:

  • infecção da corrente sanguínea associada a cateter venoso central;

  • pneumonia associada à ventilação mecânica;

  • infecção do trato urinário associada a cateter vesical;

  • infecção de sítio cirúrgico.


O que causa uma infecção hospitalar?

Pode-se observar que essas infecções estão, na maioria dos casos, relacionadas à manutenção (uso) de dispositivos chamados “invasivos”, pois são colocados dentro do corpo do paciente — como o cateter venoso central, o cateter vesical, o ventilador mecânico — ou, no caso da infecção de sítio cirúrgico, relacionadas a procedimentos cirúrgicos.


Por isso, é tão importante estabelecer estratégias de prevenção, relacionadas ao controle de qualidade da inserção e manutenção dos dispositivos invasivos ou do controle do pré, do intra e do pós-operatório.

O trabalho preventivo não se limita apenas ao hospital. O paciente e sua família também devem assumir alguns cuidados simples, mas fundamentais.


Como o paciente pode ajudar a evitar infecções?

Um hospital deve zelar pela segurança de pacientes e seus familiares. Para que tudo corra bem é importante a atenção de todos e, inclusive, do próprio paciente. Nesse sentido, o dr. Gatti garante que cada um pode contribuir para melhores resultados e menor risco de aquisição de Infecção Relacionada à Assistência à Saúde (IRAS) com algumas práticas:


  • manter sempre a melhor higiene possível, principalmente em locais de feridas, cirurgia ou cateter;

  • cobrar a higiene das mãos antes e após o contato com qualquer ferida operatória ou cateter;

  • zelar pelos melhores cuidados com os curativos realizados em feridas operatórias;

  • observar qualquer vazamento de curativos ou cateteres e comportamento incomum da pele e do organismo.


Os cuidados específicos que o paciente pode ter para evitar cada IRAS estão detalhados abaixo.


a) Para redução de infecção de sítio cirúrgico, é indicado:


  • controlar as doenças crônicas, como diabetes, realizando um acompanhamento glicêmico adequado;

  • evitar o tabagismo antes de qualquer procedimento cirúrgico;

  • tomar banho com clorexidina degermante como estratégia de descolonização, para redução da concentração de bactérias em algumas partes do corpo;

  • aderir ao protocolo de descolonização nasal da bactéria S. aureus;

  • cuidar bem dos curativos realizados em ferida operatória;

  • manter e cobrar a melhor higiene das mãos antes e após o contato com a ferida operatória.


b) Para redução de infecção do trato urinário associada a cateter vesical, é indicado:


  • manter a bolsa coletora de urina acima do solo;

  • não obstruir o cateter vesical;

  • ficar atento para vazamentos do sistema e informar para troca;

  • ingerir, caso não tenha restrição hídrica, 30ml/kg/dia de líquidos;

  • fazer higiene íntima com água morna e sabonete com pH levemente ácido (semelhante ao da pele);

  • questionar ao médico sobre o momento da retirada do cateter vesical, sendo melhor quando for o mais precoce possível;

  • cobrar adequada higiene das mãos antes e após o contato com o cateter vesical.


c) Para redução de infecção da corrente sanguínea associada a cateter venoso central, é recomendado:


  • cobrar da equipe a adequada higiene das mãos antes e após o contato com o cateter venoso central;

  • cobrar da equipe a adequada desinfecção dos conectores do acesso venoso central antes e depois da administração de medicamentos;

  • questionar ao médico sobre o momento da retirada do cateter venoso central, sendo melhor quando for o mais precoce possível;

  • cuidar bem do curativo do cateter venoso central.


Qual é a diferença entre infecção hospitalar e sepse?

Muitas pessoas costumam confundir infecção hospitalar com sepse. Porém, os termos, no meio médico, apontam situações diferentes. A infecção hospitalar, hoje chamada de IRAS, é toda manifestação clínica de infecção que se apresenta a partir de 72 horas do ingresso (entrada) em ambiente hospitalar quando se desconhece o período de incubação do agente etiológico (responsável pela infecção). Já a sepse é o resultado da reação exagerada do corpo a uma infecção.


A sepse é uma manifestação grave do organismo durante a resposta a uma infecção. Na busca de proteger o corpo, o sistema imunológico libera substâncias químicas na corrente sanguínea para combater a infecção. Porém, a depender da quantidade e da forma liberada, pode ocorrer uma inflamação em todo o corpo, danificando órgãos e sistemas. A situação pode se agravar, levando, inclusive, a óbito.

Os dois casos apresentam situações de alto risco e que estão também relacionadas: uma infecção hospitalar pode levar o corpo a uma reação exagerada, gerando a sepse. Por isso, é imprescindível o controle das infecções.


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_______________________________________________ Fonte: Hospital Israelita Albert Einstein


 
 
 

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