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HIV e Aids: diferenças, principais sinais e cuidados após o diagnóstico

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    Redator
  • 4 de dez.
  • 3 min de leitura

A síndrome da imunodeficiência adquirida — mais conhecida pela sigla em inglês AIDS — é uma condição que resulta da infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV). Esses agentes patológicos atacam os linfócitos — células responsáveis pela defesa natural do nosso corpo —, impedindo sua atuação e comprometendo todo o sistema imunológico (de defesa) do indivíduo. 



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Por conta disso, algumas pessoas que convivem com o HIV podem ficar mais suscetíveis a infecções por outros microrganismos, devido à complexidade e variabilidade de suas condições imunológicas. Isso pode levar ao agravamento do quadro de saúde por outras doenças, como tuberculose, toxoplasmose, candidíase e pneumonia. Mesmo uma gripe simples já pode representar um grave risco.  


Pessoas infectadas podem apresentar sintomas como febre, erupções e manchas na pele, grande perda de peso, íngua (alargamento dos gânglios linfáticos) e aumento do fígado e do baço. 


Preconceito e discriminação 

Na década de 1980, o mundo enfrentou uma pandemia de AIDS que foi fortemente marcada pela desinformação. Além do elevado risco de morte, uma vez que ainda não havia tratamentos efetivos para a doença, as pessoas que conviviam com o HIV naquela época eram diariamente vítimas do preconceito e da discriminação. 


Ainda hoje, há muito estigma em torno da infecção. Por isso, é importante lembrar que o vírus não é transmitido pelo ar, espirros ou tosse, muito menos por contatos afetivos, como beijos, abraços ou apertos de mão. Da mesma forma, compartilhar copos, talheres ou roupas também não representa ameaça à saúde. 


Contaminação 

As formas mais comuns de contágio do HIV são: 

  • Relação sexual sem uso de preservativo;

  • Transmissão do vírus de uma mãe infectada para o bebê durante a gestação, o parto ou a amamentação;

  • Compartilhamento de seringas;  

  • Transfusão realizada com sangue contaminado;

  • Cortes ou perfurações com objetos não esterilizados e contaminados.  


Diagnóstico 

Apesar de algumas pessoas apresentarem sintomas logo após contraírem o vírus, isso não é uma regra. Cada organismo reage de uma forma à infecção. Em muitos casos, o HIV permanece “adormecido” (incubado), sem qualquer manifestação, durante anos ou décadas.   


Daí a importância de fazer o teste de anticorpos para o HIV, conforme orientação médica. A presença do vírus pode ser detectada tanto por coletas de sangue quanto de saliva. Ambos os métodos estão disponíveis gratuitamente nas unidades do Sistema Único de Saúde (SUS).  


Contudo, o exame só consegue detectar o HIV no organismo a partir de duas a seis semanas depois da suspeita de contágio. Isso se deve à janela imunológica do vírus, tempo que o sistema imune demora para criar anticorpos contra o agente invasor. 


Tratamento 

Desde a década de 1990, diversos medicamentos foram desenvolvidos para combater a ação do HIV no organismo, reduzindo seus efeitos contra o sistema imunológico.  


Embora ainda não exista cura para a infecção, seus efeitos no organismo podem ser controlados com medicamentos antirretrovirais, por exemplo. Essas drogas agem no organismo inibindo a multiplicação viral, o que evita o enfraquecimento do sistema imunológico.  

Prevenção 

Os métodos de diagnóstico e tratamento evoluíram, mas a chave para combater o HIV e a AIDS ainda é por meio da prevenção. Ela pode se dar a partir de medidas farmacológicas e não farmacológicas.  


Fazem parte do primeiro grupo as profilaxias pré-exposição (PrEP) e pós-exposição (PEP). Disponível no SUS desde 2017, a PrEP envolve o uso diário de antirretrovirais para prevenir a infecção em indivíduos com maior risco de exposição ao HIV, como homens que fazem sexo com homens, profissionais do sexo e usuários de drogas injetáveis.  


A PEP, por sua vez, está disponível desde a década de 1990 e consiste na utilização da terapia após a exposição ao vírus. E isso vale para as mais diversas situações: da camisinha estourada a casos de violência sexual ou acidentes de trabalho com objetos cortantes, por exemplo. 


Entre as medidas não farmacológicas, estão: 

  • Usar preservativo durante o sexo; 

  • Não compartilhar seringas; 

  • Esterilizar materiais cortantes (piercings, agulhas e itens de manicure, por exemplo) antes do seu uso; 

  • Manter um cronograma regular de testagem para infecções sexualmente transmissíveis (ISTs);  

  • Consumir e compartilhar informações verdadeiras sobre o HIV e a AIDS. 


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_______________________________________________ Fonte: Alexandre R. Marra, pesquisador do Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein (IIEP) e docente permanente do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde da Faculdade Israelita de Ciências da Saúde Albert Einstein (FICSAE)




 
 
 

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